quarta-feira, 21 de novembro de 2018

quando as falácias se tornam reais...

Desde que o meu filho nasceu, ir para a casa dos meus pais em feriados se tornou lei. O pai dele e eu fazemos questão de aproveitar feriados prolongados porque fica menos cansativo para todos nós. 
Neste mês tivemos o feriado da Proclamação da República, no dia 15, seguido do Dia da Consciência Negra, no dia 20. Pudemos organizar uma viagem menos corrida porque fomos na sexta-feira, depois do expediente do pai do neném.
O neném aproveitou o feriado que foi uma beleza! Foi farra todos os dias. Casa de vó é outra coisa mesmo! Não nos víamos desde outubro e estávamos todos com muita saudade. Foi realmente um feriado bem proveitoso para todos.
Mas a rotina chama e temos de voltar para casa. Viajar com criança é complicado. Feriado significa estrada pesada e postos cheios. Mas já nos acostumamos com isso. 
Paramos num posto que já nos habituamos. Inclusive o neném é conhecido pelo nome nesse local, apesar de ser um posto de porte grande. 
Quem tem filhos sabe como funciona: passou de 15 minutos, a criança fica entediada. Uma de nossas facetas é colocar a Galinha Pintadinha para o neném assistir no celular.
Hoje, 21/11/2018, o meu filho tem um ano e sete meses (quase oito meses) e ontem foi a primeira vez que eu fui apontada de forma negativa por agir assim. Era uma família evangélica composta por pai, mãe e duas filhas jovens adultas. Eles estavam duas mesas de distância de nós e ficavam o tempo todo nos olhando e nos condenando. Eles não estavam preocupados em se alimentar ou em conversar sobre qualquer coisa. Não se preocuparam em nos perguntar o nome, idade, se o meu filho está bem ou se precisa de alguma coisa. Não. Naquele momento eles ocupavam o papel de juízes de moral. Juízes de boa criação de filhos.
Há algum tempo eu li nas redes sociais alguns textos falaciosos sobre a Galinha Pintadinha não ser uma boa influência para as crianças cristãs. Nem a Galinha Pintadinha, nem aquela novela das 18h da Rede Globo, "Meu Pedacinho de Chão", que era toda lúdica, porque todos os personagens e o enredo faziam apologia e "pacto com o diabo". Na época que eu li, minha reação foi rir e revirar os olhos. Hoje, minha reação é preocupação. Hoje eu tenho um filho e a minha preocupação é que a sociedade julga e aponta o dedo com muita facilidade.
As pessoas não estão preocupadas com as crianças. As pessoas estão preocupadas em julgar apenas e isso é muito sério.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

quando a falta de respeito aparece...

Meu filho tem nove meses. Nove meses com tamanho de um ano. É um neném grande e presença. Todas as vezes que saímos de casa nós somos notados. Eu nunca conseguiria sair e passar despercebida porque ele chama a atenção por onde passa. 
O desenvolvimento dele acompanha o tamanho. Ele sempre foi muito precoce, a tirar por base que os dentinhos começaram a nascer quando ele (ainda) tinha (só) três meses. Hoje ele conversa com a gente (ele forma sílabas e me conta tudo o que está acontecendo do ponto de vista dele!), canta (SIM! ele solta a-a-a-a-a ritimado), ele faz gracinhas normais de crianças, ri escancaradamente, responde rapidamente a todos os estímulos (visuais, sonoros, etc) e ele solta alguns gritinhos.
Hoje o pai dele precisou de resolver uma questão burocrática em um órgão público e o levou (porque a escolinha dele está de recesso até fevereiro e não temos com quem deixá-lo). Antes disso estivemos em um banco por, aproximadamente, duas horas. Nada de anormal nos aconteceu. Neste órgão público, a criança estava no ânimo normal dela. Ria, conversava e dava os gritinhos dele. E um servidor deste órgão se levantou e gritou com o pai da minha criança, questionando se a criança estava chorando/gritando porque o pai dele estava judiando dele. O pai dele explicou que se trata de uma criança, um neném de nove meses e esse servidor insistiu que o pai estava maltratando a criança e, por isso, ela estava gritando tanto e, diante disso, ele acionaria o Conselho Tutelar e que era pra criança calar a boca e ficar quieta.
JURO! Ele falou isso. Não foi uma brincadeira. Não foi em tom de brincadeira. Foi gritando mesmo!
Agora, por favor... Olhem para qualquer criança de nove meses (ou de um ano, que seja) e me digam como é que um ser humano tem coragem de gritar para essa criança se calar e ficar quieta? Empatia e respeito pra quê, né?! 
O que eu fiz sobre isso? Nada ainda. Porque amanhã eu preciso de ir até este órgão e resolver esse problema burocrático. E vocês podem ter certeza de que eu tomarei as medidas cabíveis!
Eu sabia que em algum momento alguém seria leviano com o meu filho. Mas agressivo dessa forma não. E eu não aceito!

terça-feira, 28 de novembro de 2017

um projeto saindo do forno... de mãe para mãe...

Há algum tempo que eu senti a necessidade de falar sobre gravidez num geral. Gravidez sem programação (não gosto de falar indesejada), gravidez planejada, gravidez tranquila, gravidez tensa. Enfim... Sobre ser mãe.
Acredito que posso usar esse espaço como uma ferramenta de propagação de informação sobre esse assunto. Para evitar que outras mulheres passem pelo que eu passei.
O que eu passei? Fiquei meses me sentindo a pior pessoa do mundo porque eu sentia dores no pós parto, porque eu não estava conseguindo amar essa nova rotina, apesar de amar o meu filho. Como eu já disse algumas vezes, eu nunca vi em mim aquela mãe que é mostrada nos veículos de comunicação, sem olheiras, cabelos arrumados, unhas feitas... Tudo em dia! A maternidade é pauleira! É solitária! 
Que fique claro que todas as idéias que eu exponho aqui são minhas, não significam uma verdade absoluta! Apenas a minha visão diante de determinado assunto. Você pode ou não concordar comigo.
Outro ponto bastante importante de ser ressaltado é que eu sempre mudarei os nomes. A intenção é não expor ninguém e sim a experiência. Só colocarei nomes com o intuito de ilustrar melhor.

Começo esse meu "projeto" com a história de uma amiga do estado de São Paulo. Nos conhecemos em 2006 e ela foi mãe aos 22 anos, em abril de 2008. Ela, que engravidou em 2007 estava com a menstruação atrasada, mas estava muito tranquila. Ao receber aquele temido positivo, ela ficou assustada. "Quando a enfermeira do posto me disse que eu estava grávida, minha cabeça simplesmente parou. Não havia planos de filho na minha cabeça. Penúltimo ano da faculdade, namorando, estagiária, salário de merda", conta ela.
Questionada se em algum momento ela cogitou a possibilidade de interromper a gravidez, a Amiga foi taxativa com "Nunca.  Em nenhum momento... A ideia passa pela cabeça como algo que poderia ser feito, mas era inconcebível pra mim desde o primeiro momento..."
Em relação ao apoio da família, se recebeu ou não, a Amiga conta que essa é uma pergunta difícil. A mãe dela chorou muito e a tratou mal durante os primeiros três meses. Depois de um sangramento, a mãe dela mudou completamente a postura. Mas, num geral, a família dela reagiu muito bem e a apoiou desde o início. A amiga conta que as reações do pai e dos avós dela foram as que mais a surpreenderam na época. "Meu vô chegou com uma sacola cheia de coisa em casa... doce, iogurte, carne... dizendo que eu precisava ficar forte pq não era mais sozinha", conta a Amiga, lembrando que teve muito apoio da família. As primas dela faziam compra do mês e compraval fraldas descartáveis para o neném da Amiga. "Bolsa, berço, carrinho, tudo eu ganhei. Eu tenho uma rede de apoio incrível", declara a Amiga.
Quando eu perguntei se foi por ela ter recebido todo esse amparo por parte da família é que ela nunca cogitou a possibilidade de interromper a gestação, ela contou que o pai dela só ficou sabendo da gravidez depois do sangramento que ela teve aos três meses de gravidez e que a primeira coisa que ele perguntou foi se ela estava fazendo alguma coisa para perder o bebê. "Pelo amor de Deus! O pai vai te ajudar”, foi a resposta do pai dela ao receber a notícia.
A Amiga complementa que provavelmente não pensaria na interrupção da gestação porque antes mesmo de ter o apoio deles, não era algo que passava pela cabeça dela. "Acho que dentro do que eu acredito (religiosamente falando) pesou muito mais... minha consciência...", falou a Amiga.
Perguntei se ela deixou de fazer alguma coisa por ser mãe e ela brincou "Sabe que eu não sei?!". Segundo ela, tem coisas que a gente faz e deixa de fazer por instinto como sair durante um tempo e até se cuidar. "Mas terminei a minha faculdade... trabalhei... A partir do momento em que me propus ser mãe, me dediquei a isso! Minha ideia era emendar uma faculdade na outra, viajar o mundo... mas os planos mudaram", conta a Amiga.
Perguntei como foi e se ela sabia o que é o Puerpério. Ela disse que se informou e riu, mas foi bem difícil. A Amiga teve uma complicação no parto. A Anestesia passou enquanto ela estava na mesa, com os médicos fazendo a limpeza e ela teve de tomar anestesia geral. Os pontos inflamaram e não secavam. Ela ficou 19 dias com os pontos. 
Quando o filho dela estava com pouco mais de um mês, ela e o pai do neném se separaram e um período bem difícil. Ela conta que chegou muito perto de ter uma depressão pós parto. "Os médicos me diagnosticaram com 'tristeza pós parto' muito comum em mulheres na minha faixa etária na época e que tiveram os filhos através da cesariana. Foi uma época bem difícil", lembra a Amiga.
Perguntei a ela quando ela percebeu que desenvolveu o instinto materno e se ela acha que toda mlher nasce com esse instinto, ela disse que na cabeça dela foi como bater num interruptor. Nasceu o neném, virou uma chave na cabeça dela. Mas ela acha que é algo que vai se desenvolvendo ao longo da gravidez com a barriga crescendo, o neném mexendo e depois, quando nasce. Apesar de ter sido assim com ela, a Amiga não acredita que seja igual para todo mundo, não acha que seja inato. Ela acredita que com o tempo esse instinto vai aumentando.
Aí eu resolvi perguntar sobre todo o tipo de veiculação midiática sobre mulheres, gravidez, etc. Questionei se ela acha que as mulheres recebem suporte enquanto grávidas, depois enquanto mães de primeira viagem e se ela se via nas mulheres dos comerciais (aquela mãe tranquila, descansada e sorridente). Essa é uma dúvida que eu tenho em relação a TODAS AS MÃES.
A Amiga me contou que durante a gravidez ela recebeu esse amparo sim e que, na opinião dela, o período mais difícil são os primeiros quatro meses do neném. Que esse é o período onde não se tem certeza de nada, que você acha que está fazendo tudo errado na tentativa de acertar. E sobre se ver na imagem passada pelas mais variadas mídias, ela respondeu que nunca se viu nelas. "Eu estava sempre descabelada e com o peito pra fora. Cansada... Exaurida! O neném chorava muito, mamava de 2 em 2h. Cólicas e mais cólicas... tanto que a primeira noite que ele dormiu a noite toda, eu acordei de manhã porque meu peito vazou (e isso nunca acontecia). Eu comecei a chorar, sem coragem de ir até o berço. Achei q ele tinha morrido", contou a Amiga.
Quando questionei o que ela considera mais difícil na maternidade, a Amiga disse que tudo é difícil, mas o mais complicado é educar. Segundo ela, você nunca sabe se está fazendo certo. Tem os dias das birras, manhas, malcriações que ela sempre brinca que entende os Nardoni. "Porque, numa hora dessas, se você não conta até 1587, você faz uma besteira. Independente de idade ou sexo, é sempre um desafio", a Amiga declarou.
Questionei se ela tem vontade de ter mais filhos e ela disse que tem sim. Ela nunca gostou de ser filha única e não queria que o filho dela fosse também. Mas ela nunca encontrou o momento certo e sabe que esse momento não existe. O namorado dela (pai do filho dela) diz que não quer, oscila na realidade entre querer e não querer. E ela nunca teria coragem de tomar essa decisão sozinha. "Mas estamos passando por um processo muito delicado depois que descobrimos que o meu filho tem uma doença genética que afeta a visão... Não podemos nem pensar nisso agora", contou a Amiga.
Falei pra ela que vou contar histórias de mães. Eu senti falta disso. De repente essa realidade estava no meu colo fazendo "cunhé cunhé" enquanto era apresentado ao mundo. E então ela falou "Pode contar! Eu passaria horas falando sobre isso, é algo que me define como pessoa! Lembro de cada detalhe".
Aí me veio a dúvida se ela sente falta de alguma coisa de antes do filho dela acontecer e ela disse que não consegue imaginar a vida dela sem o filho. "Às vezes, quando eu e o pai dele conversamos, a gente comenta 'que bosta de vida a gente teria sem o nosso filho? O que estaríamos fazendo agora?' Algumas vezes a gente sente falta da liberdade... de fazer tudo o que passa na cabeça... mas no primeiro 'eu te amo mãe', na primeira graça ou coisa inteligente que ele fala (porque ele é incrivelmente inteligente, com senso de humor apurado) você nem se lembra de nada a não ser da vida que você já tem. Eu fui muito abençoada! Me mandaram um filho lindo, inteligente, cativante... Agitado, respondão às vezes, como qualquer menino de 9 anos... Mas tem um coração de ouro, uma sagacidade apurada, carinhoso... Só posso agradecer!"

Obrigada, Amiga! Sua história abre com chave de ouro esse meu projeto. E espero que você tenha gostado de ler. Espero que eu tenha tido tato para contar.

Se alguma outra mãe quiser me contar sua história, entra em contato comigo por mensagem no Facebook que a gente conversa! ;)

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

seis meses, que já são quase oito...

Ontem o meu filho completou seis meses. SEIS MESES!
Quando eu paro pra pensar no que significa esse tempo, vem aquela nostalgia esquisita e engraçada. 
Me lembro daquela merrequinha de gente que me entregaram na maternidade. Choro forte! Foi 10 no Teste de Apgar! Eu tentando acalmá-lo com um suave "não chora, meu filho!" e fui repreendida por todos com "deixa o menino chorar!!!"  
Nesses seis meses eu descobri de tudo um pouco e aos poucos.
A primeira coisa que eu aprendi: a gente não nasce com o instinto materno só por ser mulher! Nem toda mulher tem o instinto materno. E qualquer mulher pode desenvolver a arte de amar a sua cria e ter, sim, um instinto materno da porra!
Descobri, também, que nova-mãe passa por um período chamado puerpério. (Eu prefiro chamar de inferno mesmo!) Em poucas palavras, "Puerpério é o período de 6 a 8 semanas pós-parto durante o qual o seu corpo sofre uma série de alterações para retornar ao estado pré-gravidez." ABRE ESSE LINK AQUI PARA LER MAIS SOBRE PUERPÉRIO! Mas genteam... O negócio é cabuloso! Você acha que sabe o que é hormônio por causa das tpm's da vida? Meu amô! Fica grávida, aí a gente conversa, ok?!

Devido a correria que é a minha vida mãe pós moderna que cuida da cria, cuida de casa, muda de casa, trabalha e tenta estudar, esse lindo começo de texto ficou fechado por mais de um mês... Hoje o meu filho já está prestes a fazer oito meses, está com oito dentinhos e eu cada dia mais orgulhosa pela minha cria!
Acredito que por hoje ter sido (ainda não acabou!!!) um sacrifício sem fim, talvez o texto saia cheio de formiguinhas... Bem docinho mesmo!
Meu neném nasceu dia 25 de março e em julho eu voltei a trabalhar. A pessoa que ficava com o meu filho enquanto eu trabalho conseguiu uma oportunidade de estágio, algo na área e eu fiquei (super-ultra-hiper-mega) desesperada. Foram dias em busca de algum local para deixar o meu neném e foram tantos 'nãos'! Minha agonia só aumentava ao pensar que a possibilidade mais viável seria mandá-lo para a casa dos meus pais, em outro estado, porque aqui eu não posso contar com ninguém.
Você confia em qualquer pessoa para colocá-la dentro da sua casa e ficar com o seu filho de sete meses? Pois é! Eu também não.
E hoje levei o meu filho para o primeiro dia dele na escolinha. MEU DEUS DO CÉU! Como foi difícil deixá-lo lá! A escolha por uma escolinha nem foi tanto falta de opção, até porque, se eu conseguisse deixá-lo com alguém que eu não conheço e não confio, receberia várias indicações. Optei por uma escolinha por saber que, mesmo tendo mais crianças, o meu filho nunca ficará sozinho.
Eu sei que beiro a loucura tamanha neura. Mas que me atire a primeira pedra quem confiaria assim, de primeira.
Aliás, que saudade de ser só filha. Nesses momentos delicadíssimos em que sou eu a tomadora de decisões, tenho vontade de sumir!
Aquela música do Renato Russo "Pais e Filhos", que fala "Sou uma gota d'água, sou um grão de areia... Você me diz que seus pais não entendem, mas você não entende seus pais. Você culpa seus pais por tudo. Isso é absurdo! São crianças como você, o que você vai ser quando você crescer!" nunca fez tanto sentido na minha vida, desde que tive o meu filho!!!!
Insisto em ficar na parte do "Quero colo, vou fugir de casa... Posso ficar aqui, com vocês?!"
Mas eu tinha deixado separada outra música, porque a minha bolotinha é o pedaço que me faltava. O meu filho só me faz crescer, ser melhor a cada dia. Que seja para ele, mas eu melhoro! Devagar e sempre!!!
Sempre digo: nós não nascemos com o instinto materno. Isso é lenda! E uma lenda que pesa pra caramba (cacete) na nossa vida, no período do puerpério. É pesado demais!


'Eu sou maior do que era antes
Estou melhor do que era ontem
Eu sou filho do mistério e do silêncio
Somente o tempo vai me revelar quem sou
As cores mudam
As mudas crescem
Quando se desnudam
Quando não se esquecem
Daquelas dores que deixamos para trás
Sem saber que aquele choro valia ouro
Estamos existindo entre mistérios e silêncios
Evoluindo a cada lua a cada sol
Se era certo ou se errei
Se sou súdito se sou rei
Somente atento à voz do tempo saberei'



quarta-feira, 13 de setembro de 2017

mãe de primeira viagem...




Ser mãe de primeira viagem é perder o fôlego, pelo menos, umas cinco vezes por dia e desenvolver a arte de não transparecer o pânico!
É pensar que a sua cria é a coisa mais linda da galáxia desse planeta, que as outras crianças são só bonitinhas... 👀
É ficar assustada com todo o desenvolvimento precoce do seu filho e já sofrer antecipadamente.
Ser mãe de primeira viagem é ler tudo quanto é tipo de informação sobre crianças e ficar muito assustada ao perceber que, por mais que você leia todos os livros, sites e revistas do mundo, com o seu filho é diferente!
É se sentir frustrada porque o seu leite não sustenta o seu neném... Aquele neném que você gerou, que você pariu e que você olha com o amor maior desse mundo!
Ser mãe de primeira viagem é não saber como reagir quando outra criança belisca o seu filho... Mesmo sabendo que não existe maldade...
É ver um monte de situações em que pessoas fazem mal ou tratam com leviandade outras crianças e só conseguir abraçar a sua cria, na tentativa de que isso nunca, jamais aconteça com ele.
É quase entrar em parafuso porque a maternidade cansa, dói e a adaptação é muito mais complicada do que é ilustrado nos diversos meios de comunicação.
É sentir culpa por não conseguir tirar aquele mal estar do seu neném. Olhar pra ele e dizer que vai passar, ele pode confiar na mamãe!
É se sentir incomodada com pessoas intrometidas e invasivas.
Ser mãe de primeira viagem é se apaixonar todos os dias por aquele olhar de gratidão, de carinho, de amor... É chorar de felicidade ao ouvir a primeira gargalhada!
É buscar todas as formas de interação com aquele pequeno ser. É sofrer com a distância.
Ser mãe de primeira viagem tem sido não conseguir colocar a criança no berço porque você tem certeza mais que absoluta de que só você e outra pessoa próxima são capazes de proteger a sua cria!
Tem sido amor! Cansaço que é retribuído com amor e gratidão! O sorriso mais puro que possa existir nessa vida! É amor, gratidão e pureza!
É entender que existem coisas que você só é capaz de entender quando se torna mãe! E, assim, gerar a maior gratidão pelos seus pais.
Tem sido tentar não fazer planos porque você quer que o seu filho seja a pessoa mais feliz desse mundo!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

um elefante incomoda muita gente, palpite pra grávida incomoda muito mais!


Vida que segue... ok! Vidas que seguiram...
PRECISO abrir o meu coração e falar sério sobre uma coisa que me incomoda muito, há um ano! (hoje faz um ano que eu fiz o teste de farmácia e descobri a gravidez)
Parem de romantizar a maternidade! Sério! Parem!
Vamos por partes e, primeiro, falar sobre a gravidez...
Se você, mulher, pensa que sabe o que são hormônios porque tem sintomas de TPM (antes) durante (depois) aquela semaninha... Meu beeeeemmmm, experimenta engravidar!
Sempre ouvi pessoas questionando o que acontece com a mulher quando engravida que ela fica com o capeta no corpo. A resposta é simples: hormônios!
Sabe aquela oscilação de hormônios que temos durante a adolescência? Na gravidez é pior! O que você enfrenta durante alguns aninhos de adolescência, você tem que encarar D-I-A-R-I-A-M-E-N-T-E na gravidez. 
Todos os dias eu sentia muita falta de ar. Que fosse pra ir do quarto até a cozinha pegar uma garrafinha de água. As ondas de calor eram insuportáveis! Pensei que fosse desenvolver TOC com banho (eu tomava, em média, oito banhos por dia, na tentativa de passar o calor), mas sobrevivi!
Outro ponto que me incomodou pra caramba: descobri que eu não tenho autonomia sobre o meu corpo. E não me refiro às formas quando falo isso. Me refiro ao fato de não poder escolher, por exemplo, fazer cesárea sem que o obstetra falasse em todas as consultas do pré-natal, que 'a cesárea é uma agressão ao corpo'. (isso sem nem citar o prazo de 39 semanas, que falaremos depois sobre)
Por falar em cesárea. Gostaria de saber quem inventou esse negócio de que fazer cesárea é errado. Uma amiga que não mandava nem um 'oi, tudo bem?!' foi (cagar regra) conversar comigo sobre não fazer cesárea, porque o certo é fazer parto normal. 'Muito melhor', segundo ela. De verdade? Tive enxaqueca pós anestesia raquidiana. Tive uma puta duma alergia também. A enxaqueca durou lindos dez dias e a alergia passou no dia seguinte. Mas, mesmo assim, se eu tiver dez filhos, faço dez cesáreas! Olha bem pra mim e me fala se eu tenho cara de quem teria paciência de passar por um trabalho de parto! 
Não aguentava mais pessoas desconhecidas se achando no direito de passar a mão na minha barriga. Chega a ser engraçado! (falo com naturalidade hoje, porque na época eu achava péssimo!) As pessoas nem te olham mais no rosto, elas só conseguem ver a barriga!!! 
E os palpites sobre nomes da criança? Broncas de que você não pode colocar aquele nome. 
Se você for uma pessoa que não curte quando as pessoas tentam dar palpite deliberadamente e/ou não sabe lidar com isso, pensa bem antes de engravidar! Sempre tem um conselho de vó que farão questão de passar pra você!

terça-feira, 22 de novembro de 2016

A descoberta!

Foi numa bela terça-feira que eu levei aquele chacoalhão! COMO ASSIM GRÁVIDA? Eu tenho ovário policístico e uso anticoncepcional regularmente desde 2004. Como assim? Sempre atrasei! Desde a menarca... Esse atraso era "normal", poxa! Meus seios estavam inchados pra caramba... Sinal de que eu estava ovulando! Eu estava tranquila, tranquilinha em relação a isso!
Dia 23 de Agosto de 2016. Fiz o teste de farmácia e aquelas duas barrinhas cor-de-rosa surgiram... Me arrumei e fui pra faculdade... (Primeiro momento de negação - provavelmente é um falso positivo!)
Dia 25 de Agosto fiz o exame de sangue. Colhi o material pela manhã e peguei o resultado pela tarde. POSITIVO. (Segundo momento de negação - outro falso positivo!)
Dia 26 de Agosto, consultei um obstetra que solicitou uma penca de exames e me encaminhou para outro profissional. (Achei ético da parte dele!)
Ainda não acreditando tanto na possibilidade de ter um fiapo de gente dentro de mim, fui fazer o ultrassom que o primeiro obstetra tinha feito o pedido. 
Sabe aquele momento em que o coração para por uns dois segundos? Pois é! Foi exatamente isso o que aconteceu quando eu vi aquele troço na tela... Cabeçudo... Parecia um girino... Aí eu tive uma crise de riso, lógico!
Teste de farmácia positivo + exame de sangue positivo + um aparelho que estava em mim e mostrava um projeto de gente na tela = eu realmente engravidei! Continuei com a crise de riso... 
Aí a médica colocou para ouvir o coraçãozinho do bebê... G E L E I! Pensei "tem um ser dentro de mim, o coraçãozinho dele bate forte como um tourinho... 164 batimentos por minuto..."
Em resumo: descobri a gravidez quando estava para completar o segundo mês. Fiz todos os exames e fui ao outro obstetra que foi super ultra mega assertivo comigo. Ele conseguiu tirar alguns nós que estavam na minha cabeça. E vida que segue... Quer dizer... Vidas que seguem...